A tragédia que ceifou a vida a seis universitários no Meco, em Dezembro de 2013, continua a fazer correr muita tinta na imprensa e está longe de terminar.
Na semana passada teve lugar a primeira sessão do debate instrutório e a ausência do Dux da Lusófona foi bastante criticada por familiares das vítimas, apelidando-o mesmo de “cobarde”.
Pais acreditam que Dux possa ter simulado afogamento
Apesar desta ausência, em seu lugar estiveram presentes em tribunal a advogada, o pai e o irmão. Revoltado com muito do que se tem escrito sobre o seu filho, o pai de João Gouveia confessou à revista Nova Gente “Este é um momento muito difícil para mim, como pai”.
Na entrevista, concedida a essa publicação nacional, o pai do Dux falou do momento em que João aceitou falar com a mãe de Tiago Campos: “Foi muito duro e muito triste ouvir aquela mãe dizer que ‘preferia que tivesses morrido em vez do meu filho’. Compreendo a dor da senhora e o João aguentou firme, porque foi o primeiro a partilhar a dor”.
Relativamente às ameaças de que o jovem tem sido alvo, o pai do jovem afirmou “é estranho quando se diz que as famílias queriam apenas falar com o João”, acrescentando muito do que tem ouvido, “Ouvi ameaças de morte, condenações públicas e perseguições. ‘Se não for assim, vai ser de outra maneira’, diziam. Não é forma de atacar um jovem que ficou traumatizado”.
Tragédia do Meco: “Dux” João Gouveia quebra o silêncio
Ainda em defesa do filho, o pai de Miguel Gouveia revelou à publicação que todo este processo tem estado a ser muito difícil para o filho: “Não é fácil para um jovem como o João ver partir colegas, mas especialmente amigos, da forma como foi. (…) Ele não esquece os gritos da colega a quem deu a mão no mar, mas não conseguiu salvar”.
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