A primeira competição nacional de surf aconteceu em 1977 na Ribeira d’Ilhas, na Ericeira. No entanto, este desporto desenvolveu-se de forma exponencial desde a década de 90 do século passado, colocando Portugal no mapa dos grandes destinos internacionais de surf. Desde então o nosso país tem consolidado a modalidade, sendo o desporto mais popular logo depois do futebol. O que torna o surf português tão popular?
Ondas de qualidade para todos os gostos
A costa portuguesa é amplamente reconhecida pelas suas ondas de classe mundial, e muito procurada não apenas por surfistas experientes mas também por iniciantes, provenientes dos vários continentes. Peniche, por exemplo, é reconhecido internacionalmente pela qualidade das suas ondas. A praia de Medão Grande, mais conhecida por Supertubos, é uma das praias que acolhe uma prova do World Surf League Championship Tour – o MEO Rip Curl Pro Portugal.
Aqui existem ondas para todos os gostos: os surfistas experientes podem desafiar os seus recordes pessoais e os iniciantes podem aprender as surfar as suas primeiras ondas. Se não é um guru do surf nem um iniciante, Peniche é igualmente um bom local para treinar e evoluir como surfista.
Linha costeira extensa
Os 943 km de linha costeira portuguesa têm inúmeros spots ideais para a prática do surf. De norte a sul existem 7 regiões onde encontra praias espetaculares: Porto, Beira, Peniche, Ericeira, Lisboa, Alentejo e Algarve. Cada uma destas regiões tem imensos locais para surfar, podendo escolher o seu spot entre um vasto número de spots de qualidade. Em boa verdade, a maior parte dos Portugueses vive relativamente perto de uma praia onde pode praticar este desporto, sendo muito provavelmente o seu caso.
Ondas consistentes
Devido às condições geomorfológicas da nossa localização, a costa portuguesa beneficia da ondulação oceânica e do vento regular que formam ondas de belo efeito durante todo o ano.
Estas ondas atraem imensos turistas ao nosso país quer sejam escapadinhas de alguns dias ou até mesmo umas férias mais prolongadas. Inclusive as companhias aéreas utilizam o surf e os testemunhos dos seus praticantes como forma de promover o destino Portugal.
Privacidade e discrição
Mesmo sendo um destino popular para a prática do surf é relativamente fácil encontrar uma praia com poucos surfistas. Existem imensos locais que não estão referenciados como pontos turísticos e onde terá de partilhar as ondas com um par de surfistas, ao invés de uma multidão de surfistas. Pode parecer algo trivial, mas esta combinação de boas ondas e privacidade não é assim tão fácil de encontrar por essa Europa fora.
Estar na crista da onda
Todos nós temos aqueles picos de adrenalina quer seja num salto de paraquedas, numa corrida de carros, durante um jogo de futebol importante ou enquanto aguarda a carta seguinte no blackjack. Para algumas pessoas não existe maior adrenalina que surfar nas ondas monstruosas da Nazaré.
Na última década a Nazaré esteve associada ao recorde da maior onda surfada. Em 2011 a Nazaré assistiu à onda McNamara, uma onda de 23,77 metros que deu o título de maior onda surfada o surfista americano Garrett McNamara. Seis anos depois uma nova onda na Nazaré fez o recorde mudar para as mãos do surfista brasileiro Rodrigo Koxa, após surfar uma onda com mais de 24,40 metros. A Nazaré começa a ser conhecida internacionalmente como a “Meca do Surf” e, todos os anos, surfistas de todo o mundo vêm desafiar as ondas gigantes da Nazaré.
Palavras finais…
O surf em Portugal é sólido e consistente. A vasta linha costeira com ondas para surfistas de todos os níveis durante todo o ano, tornaram Portugal uma potência europeia do surf. E para terminar, fica a questão: estará para breve um novo recorde na Nazaré?
//LP
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