O trágico conflito que decorre em Gaza, entre israelitas e palestianos, tem sido particularmente sangrento, de acordo com as agências noticiosas, o que justificará a emoção que o correspondente da Al Jazeera, Wael Al-Dahdouh, sentiu, durante um directo, e que o obrigou mesmo a sair de cena a meio do seu testemunho.

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Al-Dahdouh é um jornalista premiado e habituado a cobrir o conflito entre israelitas e palestinianos, mas esta última ofensiva tem sido uma das mais trágicas e mortais de sempre. E o correspondente da cadeia de televisão árabe viu-se obrigado a sair de frente da câmara, a meio de um directo e do seu testemunho sobre as mortes em Shijaiyah, depois de um bombardeamento israelita.

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A Associated Press adianta que o número de palestinianos mortos já ultrapassou os 500, muitos dos quais são crianças, em apenas duas semanas. No passado sábado, as organizações não-governamentais War Child e Defence for Children International anunciaram que, até àquele momento, havia “mais crianças mortas debaixo do fogo israelita do que combatentes palestinianos“. “Entre o dia 8 de Julho e as 4 horas da manhã [de sábado], pelo menos 73 crianças palestinianas foram recenseadas como mortas na sequência dos bombardeamentos aéreos e dos ataques por mar e das forças terrestres” de Israel, adiantavam as mesmas entidades. “A vítima mais jovem tinha três meses“, anunciou ainda a porta-voz da UNICEF, Catherine Weibel.

Do lado israelita, morreram 25 soldados e dois civis.

Os apelos a um cessar-fogo vão entretanto surgindo de vários quadrantes, nomeadamente do presidente dos EUA, Barack Obama, que terá já transmitido essa ideia ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. Pedido também feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que fala de “uma acção atroz” por parte de Israel.