Os Mão Morta estão de volta e com uma música que está a dar que falar e a causar polémica. Particularmente pelo videoclip de “Horas de Matar”, onde Adolfo Luxúria Canibal, o vocalista da banda de Braga, mata a torto e a direito com cenários de fundo como o BPN, o Palácio de Belém, uma Igreja, o Campus da Justiça e até submarinos!
É a resposta dos veteranos da música portuguesa aos tempos de crise e de “troika”. Adolfo Luxúria Canibal surge implacávell, de revólver em punho, atirando sobre banqueiros, padres e políticos. Os restantes elementos dos Mão Morta surgem como manifestantes, de bandeiras em riste. Como pano de fundo do vídeo aparecem manifestações e protagonistas políticos como Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas, José Sócrates, Mário Soares, António Guterres e Miguel Relvas.
“Não há aparato repressivo que sustenha a ira das massas embriagadas pelo desespero“; “ultrapassado o limite do ultraje, toda a violência é legítima defesa“, são alguns dos versos que Adolfo Luxúria Canibal entoa no habitual estilo dos Mão Morta.
O vocalista trata de contextualizar o videoclip realizado por Rodrigo Areias, justificando a ideia como “um acto poético” e salientando que é fruto do “mal-estar colectivo” do homem de classe média que outrora vivia confortavelmente “solitário“.
“Horas de Matar” é o primeiro single do novo álbum dos Mão Morta intitulado “Pelo Meu Relógio São Horas de Matar” que será editado na próxima segunda-feira, 26 de Maio. A expressão usada pela banda bracarense é inspirada no poema de António José Forte “Dente por Dente”.
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